domingo, 5 de julho de 2009

E não é que Kierkeggard tem razão?


Amigos, finalmente chegamos a mais um fim de semestre, por tal motivo eu não tenho tido tempo para postar nada. Nesse semestre estou um pouco mais atarefado devido ao meu projeto de monografia cujo tema é: "O Significado das Bem Aventuranças no Contexto de Mateus". Como entrei de férias essa semana e a pedido de algumas pessoas, desejo dar uma atenção maior ao blog. Desde já agradeço a você que está visitando o meu blog e a todos que me incentivam a escrever mais.


Esse é um texto escrito por meu amigo, Balnires Jr, em um de nossos debates noturnos, onde ele faz um link entre viver o cristianismo autêntico inserido na nossa realidade atual.


E não é que Kierkeggard tem razão?


Por Balnires Júnior



Então o Senhor disse a Abraão: Saia da tua terra, do meio dos seus parentes e da casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mostrarei” (Gn 12.1)
Ontem estava conversando com o meu grande amigo Jr Amazonas sobre a enorme dificuldade que temos de desejar que a vontade de Deus aconteça integralmente em nossas vidas. Aliás, temos uma facilidade muito grande para fazer grandes declarações e muitos desafios, proclamar vitórias, cantar comprometimentos que na verdade não encontram lugar em nosso coração.
E por que temos esta dificuldade? Uns porque já sabem exatamente qual é a vontade de Deus para as suas vidas, e é mais fácil então se tornar um “fugitivo” de Deus. Outros porque têm medo da proposta que vão ouvir de Deus, ou do local de onde terão de sair e para onde terão de ir, a exemplo de Abraão.
O fato é que Abraão confiou. Deixou sua terra, moveu-se e deu “o salto da fé”. Como conseqüência, pôde experimentar coisas grandes que só aconteceriam fora da sua tenda e no local que Deus havia escolhido.
Recentemente tenho dedicado a minha leitura a vida e obra Sören Kierkegaard, um teólogo e filósofo dinamarquês, de formação luterana que grande contribuição trás ao pensamento filosófico e teológico. Kierkegaard, um dos principais nomes do existencialismo, defende uma proposta de cristianismo verdadeiro com base numa experiência de conversão genuína tendo a fé como sendo superior a estética e a moral.
Penso em Kierkeggard vivendo nos dias atuais onde o mercado da fé ganha cada vez mais espaço, sabe-se lá a que preço. Até a Rede Globo de Televisão, quem diria, anda elogiando o trabalho dos "evangélicos" no Brasil! A verdade é que o mercado gospel tem se tornado muito atrativo e com isso, muitos vão embarcando em canoas condenadas ao naufrágio e engolindo porcarias com rótulo gospel e saem arrotando besteiras.
O que nós precisamos ter consciência é de que Deus tem propostas para nós que não são em nada parecidas com as vendidas por aí. O evangelho anunciado em "grutas de milagres" onde o benefício a vantagem pessoal, saúde perfeita e prosperidade financeira precisam ser alcançadas a qualquer custo para provar que sua fé é forte em nada se parece com a cruz e a sua mensagem de amor, perdão e graça de Deus por intermédio de Jesus.
O verdadeiuro Evangelho hoje é loucura para muitos. Amar o inimigo? Isto é uma loucura! Perdoar a quem me ofendeu? Jamais! Deus oferecer uma oportunidade de transformação de vida a um homicida? Isto é uma loucura! Exatamente. Este não é outro senão um Evangelho louco. Pois bem, não há como discordar do “pai do existencialismo”. É verdade Kierkeggard, fé, é crer no absurdo. E graças a Deus porque creio neste absurdo!
Aliás já advertia Paulo, o apóstolo, muito antes: “Porque a palavra da cruz é loucura...” (1Co 1.18)
Postado por Balnires Júnior em Domingo, Junho 28, 2009 0 comentários
Quarta-feira, 27 de Maio de 2009